sensação

Não sei em que ponto da vista que alcança o infinito, se deu a tal perda
Só sei que no caminho entre o sair e o chegar algo ficou para trás
Só entendo que falta algo
E tudo se encheu de vazio e de silêncio 
Se engana quem acha que o espaço tem limite
E que tudo são metros quadrados
Ou círculos e circunferências 
E  que sonhos são presos em caixas ou em páginas de letras
E que o silêncio que não faz barulho é normal
Entendo sobre isso como um isolamento do próprio ser
Não sei em que ponto do encontro aconteceu o desencontro com a luz que orienta
Em que circunstâncias o ritmo saiu do compasso e o coração se sufocou
Não entendo aonde nessa jornada a alma se desprendeu da calma
E a paz voou 
Não sei em ponto do entendimento nada mais fez sentido algum
Aonde as palavras se transformaram em algo banal
E os encontros sem energia não geram mais o calor que sustenta
E não existe mais nada, nem mesmo o trivial
Quando o interior se cala
Nada mais fala
Nada mais se sente
É tudo um ser ausente
Sem vista
Ponto de vista ... só

                                                                      texto remall

                                                                     foto remall, em algum lugar logo ali