segunda-feira, 5 de abril de 2010

do outro lado da rua

Quando o passado sai correndo de dentro do baú
e te atinge direto no meio da cabeça,
ou melhor, no meio do peito.

Quando o ar parece que sumiu,
o chão se abriu.
Quando seus olhos não acreditam que estão vendo
o que na sua certeza absoluta não existia mais.

Mãos trêmulas, borboletas no estômago.
O mundo parou e ninguém se deu conta.
A voz embarga na garganta.

Acontecimentos em camera lenta.
Lembranças na velocidade da luz.
Tonteira.
Vertigem.
Correr kilômetros e não sair do lugar.
Lugar comum.
Lugar nenhum.
Dúvidas.
Certezas, agora, tão incertas.

O sorriso vindo em sua direção.
O sinal abriu.
Fingiu que não viu


texto de remall.

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adoro suas letrinhas combinando com as minhas